Vamos conversar um pouco sobre Cultura Organizacional e Comportamento no Trabalho e Fora dele? Pensando em abrir um canal de troca de ideias sobre o tema, convidamos a Circe Boleman, coach e consultora em desenvolvimento humano há mais de 15 anos para escrever um pouco sobre como andam essas relações nos tempos de redes sociais e todo mundo online o tempo todo. Confira o que a Circe tem a nos dizer e dê sua opinião também!
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Como esse assunto envolve algumas variáveis, vou começar com um clichê para te trazer para essa reflexão: “Cada um fala do que lhe transborda do coração”. Se você observar à sua volta, é simples comprovar. Quem ama futebol começa a semana falando do resultado do seu time ou do quanto o adversário está mal classificado. Aquele que não vive sem malhar fala do quanto comeu no final de semana ou do quanto conseguiu ficar focado na "dieta". Quem vai casar, fala das horas e horas que passou pensando e organizando a cerimônia, lua de mel, etc. Transborda entende? Não cabe dentro da pessoa o que ela vive ou está vivendo.
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Da mesma forma, quando uma pessoa é racista, machista, misógina, homofóbica, etc., isso também transborda. Não vou entrar aqui no mérito de que todos estes comportamentos são tratáveis. Há excelentes profissionais que podem ajudar pessoas que tendem a expor suas emoções negativas de forma direcionada a nichos populacionais. Mas vamos focar no que concerne ao ambiente empresarial e suas variáveis.
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Assim, mesmo que no ambiente de trabalho uma pessoa se controle ou evite se expor, nas redes sociais todos os comportamentos se evidenciam. E você pode pensar “mas as redes sociais são individuais, é só limitar o acesso para quem não quero que me veja por aqui e ninguém tem nada a ver com isso”. Ok. Em partes. Eu explico.
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Quando você trabalha em uma empresa, tende a fazer amigos entre os colegas de trabalho, isso é o normal. Você os adiciona nos seus perfis sociais, eles passam a ter acesso ao que você publica. E basta um print de tela para você ter problemas (legais inclusive – vide caso dos rapazes na Rússia recentemente). Viu como é rápido? Em segundos, um comportamento que você não quis expor, estará para sempre exposto (vide diretrizes da Rede Globo, que até então não havia se posicionado tão fortemente sobre isso https://goo.gl/QdjHSv).
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“Mas e a liberdade de expressão? Cada um pensa o que quiser!” Ok. Em partes (de novo).
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Aí vai mais um clichê pra você pensar: “A minha liberdade (de qualquer coisa) termina onde começa a do outro (seja ele quem for)”. O viver em sociedade exige bom senso (e aqui não podemos confundir com senso comum). Se respeito o espaço do outro de existir como ele é, posso então exigir o mesmo para mim.
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Mas o que isso tudo tem a ver com cultura organizacional e comportamento no trabalho? Bom, há empresas onde a cultura existente permite comentários/atitudes/brincadeiras que ferem a liberdade de alguns, mesmo sabendo que são passíveis de processo criminal. Ainda assim, você não deve fazer parte. Primeiro porque isso se refletirá na sua carreira (alguém sempre viu, ouviu, ficou sabendo. O mundo a cada dia é de mais fácil acesso a todos). Segundo, porque esses comportamentos tendem a ‘marcar’ quem os pratica e isso pode te seguir por muitos anos. É a velha máxima: “Uma vida para fazer uma reputação e um segundo para perdê-la.”
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Quem exibe este comportamento no trabalho (e não vou colocar aqui os porquês, basicamente porque não me cabem), está colocando sua carreira em extinção. Via de regra porque o mundo tende a não andar para trás. Já diz uma frase bem conhecida, que quem sobrevive é quem sabe se adaptar. E isso não é uma sugestão, mas uma exigência constante. As empresas se adaptam, os programas usados se adaptam e até mesmo a linguagem que utilizamos se adapta. Então todos nós estamos incluídos nisso.
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Ou seja, mesmo que a cultura existente na empresa seja nociva, o seu comportamento não precisa ser. O que você precisa daí é de um outro emprego (mas isso fica para outro post).
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E pra finalizar, não devemos ser autômatos, mas pensar que vivemos em sociedade. Há mais formas de viver e pensar do que conseguimos imaginar. Então, respeite o outro (seja ele quem for). Porque respeito é algo que só se ganha, quando se dá. E você quer uma carreira que inspire os demais, não quer? Taí uma boa forma de começar!
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E aí, você concorda? Nós aqui da Komcorp, sim. Acreditamos que a empresa é um organismo vivo e, como tanto, as pessoas devem estar em sintonia com os propósitos e valores desta não somente durante o horário de expediente.
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Se quiser falar diretamente com a Circe, mande um e-mail para contato@circeboleman.com.br.